sexta-feira, 13 de março de 2009

O METAL DURO

Essencialmente, o metal duro é formado por dois constituintes:
• Um carbeto extremante duro e de alta resistência ao desgaste: trata-se de um carboneto de tungstênio só ou associando com outros carbonetos, como titânio, tântalo e nióbio, principalmente. Esses carbetos são constituintes que, no produto final, conferem dureza à temperatura ambiente e sua retenção a altas temperaturas e a resistência ao desgaste.
• Um elemento aglomerante ou ligador: trata-se de um metal do grupo do ferro, usualmente cobalto, cuja função é aglomerar as partículas duras dos carbonetos, sendo em conseqüência responsáveis pela tenacidade do material.

Fabricação do metal duro
A fabricação de metal duro compreende as seguintes fases:
• Obtenção dos pós metálicos;
• Mistura dos pós;
• Compressão em pastilhas ou briquetes;
• Sinterização;
• Controle físico final do material sinterizado;

Classe dos metais duros
A ISO (Internacional Organization For Standardization), que agrupa os países europeus industrializados, recomendou o agrupamento do metal duro em três grandes grupos:
• Grupo P – Compreendendo os tipos ou classes empregados na usinagem de metais e ligas ferrosos que apresentam cavacos longos e dúcteis
• Grupo M – Compreendendo as classes que se empregam na usinagem de metais e ligas ferrosos tanto longos como curtos
• Grupo K – Compreendendo as classes que se destinam à usinagem de metais ligas ferrosos que apresentam cavacos curtos e materiais não metálicos

fonte:Livro:Tecnologia da usinagem dos materiais

TORNEAMENTO


O processo de torneamento gera formas cilíndricas em uma peça, com o auxílio de uma ferramenta de corte usinando com uma única aresta e na maioria dos casos, a ferramenta é estacionária e a peça que sofre a rotação.
Segundo a norma NBR 206175, os conceitos básicos de torneamento são descritos abaixo:
Torneamento é um processo mecânico de usinagem destinado a obter superfícies através de rotações com a ajuda de uma ou mais ferramentas monocortantes. Para isso a peça rotaciona em torno do eixo principal de rotação da máquina e a ferramenta se desloca simultaneamente segundo uma trajetória coplanar com o referido eixo. Pode ser dividido em retilíneo ou curvilíneo.
O torneamento retilíneo é um processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória retilínea, podendo ser: cilíndrico, cônico, radial e perfilamento. O processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória paralela ao eixo principal de rotação da máquina, chama-se torneamento cilíndrico, podendo ser externo ou interno. Quando o torneamento cilíndrico visa à obtenção de um entalhe circular na face perpendicular ao eixo principal de rotação da máquina, o torneamento é denominado sangramento axial conforme DINIZ et al. (2003).
Entende-se que o torneamento cônico é o processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória retilínea, inclinada em relação ao eixo principal de rotação da máquina e também pode ser externo ou interno No processo de torneamento radial a ferramenta se desloca segundo uma trajetória retilínea, perpendicular ao eixo principal de rotação da máquina. Quando o torneamento radial visa à obtenção de uma superfície plana é denominado faceamento. Quando o torneamento radial visa à obtenção de um entalhe circular é denominado sangramento radial conforme DINIZ et al. (2003).
O perfilamento é um processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória retilínea radial ou axial, visando à obtenção de uma forma definida, determinada pelo perfil de uma ferramenta.
Em relação ao torneamento curvilíneo, entende-se que é o processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória curvilínea.
Quanto à finalidade, as operações de torneamento também podem ser divididas em torneamento de desbaste e acabamento. DINIZ et al. (2003).

Giuberto Kanzler

Giuberto Kanzler
Engenheiro de Produção